Exposição Colectiva | Maré
24.mar.2018 | 05.mai.2018

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<p>MARÉ<br /> Exposição colectiva<br /> Inauguração 24.03.2018 | 15h<br /> Sob o título “Maré”, a presente exposição toma como ponto de partida o núcleo dos artistas representados pela Galeria Filomena Soares. A escolha não pretende percorrer uma linha de A a Z, mas encontrar correspondências e ligações nas obras dos artistas escolhidos e também revisitar outras obras expostas com menor frequência.<br /> O título da exposição aponta uma relação com o mar e o rio, tão próximos do espaço da galeria, no bairro de Xabregas, onde se foi sedimentando o olhar entre margens e uma actividade relacional de troca e convivência. É um lugar de mudança, mas que também nos pode conduzir a outras formas artísticas, como por exemplo revisitar a poesia portuguesa, relembrando aqui o poema de Sophia de Mello Breyner Andersen “O Mar dos Meus Olhos”, cujos dois últimos versos nos dizem: “Há mulheres que são maré em noites de tardes…/ e calma”. A poesia é apenas uma das entradas para este tópico, que não se materializa de forma objectiva nas obras expostas, enquanto ilustração ou sequer como um repto ao imaginário dos artistas. Mas a maré é sinónimo de movimento perpétuo que, partindo e regressando como o rio de Heráclito, se apresenta perante nós como se fosse o mesmo mar, mas inexoravelmente diferente em cada vai e vem.<br /> E de certa forma as obras expostas são também o espelho das reflexões com que os artistas nos confrontam, nos interstícios da prática artística que se questiona enquanto processo ou nas reveladoras imagens de diferentes culturas sujeitas a transformações que hoje reconhecemos em qualquer quadrante. Esse movimento perpétuo pode bem ser quase imóvel, através da janela engradada na obra de Carlos Motta, miragem da liberdade que nos espera à entrada desta exposição colectiva.<br /> (Texto por João Silvério, Curador)</p>