<p>De 15 de Maio a 26 de Junho<br /> Inauguração a 15 de Maio às 21h30</p> <p>GALERIA FILOMENA SOARES APRESENTA<br /> “Ex Ovo Omnia” – VASCO ARAÚJO</p> <p>A Galeria Filomena Soares inaugura no próximo dia 15 de Maio a exposição individual do<br /> artista Vasco Araújo, “Ex Ovo Omnia”, que ficará patente até ao próximo dia 21 de Junho.</p> <p>Nas duas salas disponíveis da galeria o artista apresentará quatro obras: “Augusta”, “Álbum”<br /> “Trabalhos para nada, as árvores morrem de pé” e “Ex Ovo Omnia” que dá o nome à<br /> exposição.<br /> O vídeo “Augusta”, filmado em Washington é baseado na comédia “As Aves” de Aristófenes.<br /> Apresenta um diálogo entre dois leões de pedra sobre a criação de uma nova cidade e<br /> ideologia em contraponto ao regime de opressão da cidade antiga. Apesar disso, a descrição<br /> da nova cidade, do seu novo funcionamento social, da sua nova ideologia revela as mesmas<br /> características imperialistas da cidade e ideologia originais.<br /> A instalação “Álbum” apresenta uma mesa de jantar com treze álbuns de fotografias<br /> encrustados. Em cada álbum encontramos o espaço reservado às fotografias vazio. Estes<br /> espaços são acompanhados de pequenas frases que nos remetem para relação de alguém<br /> com os restantes membros da sua família em desaparecimento.<br /> “Trabalhos para nada, as árvores morrem de pé” apresenta uma história de uma mulher<br /> receosa de não ser comentada socialmente. Para combater tal facto aproveita uma bengala<br /> que herdou. Usa-la de modo a se evidenciar no seu meio social.<br /> “Sim… é este preciso ponto que acho mais interessante. Apesar, de imediato, me<br /> aperceber que não chego a conclusão alguma, leva-me a um pensamento e a uma acção:<br /> uma mulher deve usar luvas e uma bengala se quer ser comentada. Isto, como provei a mim<br /> própria, libertou-me do verdadeiro problema de passar despercebida.”<br /> “Ex ovo omnia” é uma instalação que recria uma árvore genealógica e nos apresenta uma<br /> criança psicologicamente perturbada com a sua peculiar herança genética.<br /> “Há pessoas que herdam casas. Outras herdam quadros ou arcos de violino com<br /> seguros astronómicos ou um tansu japonês ou até um nome famoso. Eu herdei um gene<br /> recessivo no meu quinto cromossoma e umas pérolas de família muito, muito raras. Quase<br /> tão raras como a minha genealogia.”<br /> Nesta exposição o artista apresenta trabalhos que abordam temas como a herança genética,<br /> relacional, social e ideológica. Opera sobre a criação de novos modelos que pôem em<br /> questão a nossa própria evolução como seres humanos, tanto a nivel psicológico como<br /> social.<br /> Vasco Araújo realizou, entre outras, exposições individuais: “Vasco Araújo: Per-Versions”,<br /> The Boston Center for the Arts, Boston (2008); “About Being Different”, Baltic, Centre for<br /> Contemporary Art, Newcastle (2007); “Pathos”, Domus Artium 2002, Salamanca (2006);<br /> “Dilema”, S.M.A.K., em Gent (2005) e Museu de Serralves, no Porto (2000), e participou em<br /> exposições colectivas como “Artes Mundi, Wales Internacional Visual Art Exhibition and<br /> Prize”, National Museum Cardiff, Cardiff (2008); “Kara Walker and Vasco Araújo:<br /> Reconstruction”, Museum of Fine Arts Houston, Houston (2007); “Drei Farben – Blau”, XIII<br /> Rohkunstbau, Grobleuthen (2006); “The Experience of Art” (Bienal de Veneza, 2005) e<br /> “Dialetics of Hope” (Bienal de Moscovo, 2005).<br /> O seu trabalho está publicado em vários livros e catálogos e representado em várias<br /> colecções, públicas e privadas, como Centre Pompidou, Musée d’Art Modern (França);<br /> Fundação Calouste Gulbenkian (Portugal); Fundación Centro Ordóñez-Falcón de Fotografía<br /> – COFF (Espanha); Museo Nacional Reina Sofia, Centro de Arte (Espanha); Fundação de<br /> Serralves (Portugal); Museum of Fine Arts Houston (EUA).</p>