Vasco Araújo | O Que Eu Fui
09.mar.2006 | 28.abr.2006
Press
Press Release
<p>VASCO ARAÚJO<br />
“O QUE EU FUI”</p>
<p>De 9 de Março a 28 de Abril</p>
<p>O artista apresenta uma instalação vídeo, “Far de Donna”, e outra com o título que dá nome à exposição, “O Que Eu Fui”, e que utiliza como suportes a fotografia e o som.</p>
<p>“Choram os silêncios, depõe-se o sonho que gira em torno do destino e o filho, vestido com o espanto do que vê acontecer, olhando a mãe vazia e muda desenrolando uma dor profunda vinda dos limites do seu ser, irrompe, não num grito, mas num canto, com a mais bela voz de mulher perpetuando em si, a mãe, num eco que ecoa para além do além…”</p>
<p>“Far de Donna” ou Fazer de Mulher parte da história de um filho que descobriu que a sua voz era do tipo castrati no dia em que a sua mãe perde a sua própria voz, aludindo às construções edipianas, às problemáticas da linguagem e relações com a realidade.</p>
<p>“O Que Eu Fui” é uma instalação de fotografias de estátuas de cidade acompanhadas, cada uma, por um suporte áudio, do qual se pode escutar um texto, repartido pelas diferentes imagens, em que uma mulher à beira da morte faz uma análise da sua vida, ironicamente julgando a sua felicidade, organização e inteligência. Estátuas, monumento e memória são três conceitos intimamente ligados e que atravessam a história da arte, a história dos Homens.</p>
<p>O artista através destas duas obras trabalha a memória, a memória colectiva e individual dos seres humanos. “Opera sobre códigos narrativos ficcionados a partir de documentos culturais ou testemunhos de vida e construindo universos simultaneamente visuais, sonoros e performativos”.</p>
<p>Vasco Araújo realizou, entre outras, exposições individuais no S.M.A.K., em Gent (2005) e Museu de Serralves, no Porto (2000), e participou em exposições colectivas como “The Experience of Art” (Biennial de Veneza, 2005) e “Dialetics of Hope” (Bienal de Moscovo, 2005). Um percurso que tem confirmado o Prémio EDP Novos Artistas, que recebeu em 2003.</p>