Marilá Dardot | Interdito
28.set.2017 | 11.nov.2017
Press
Press Release
<p>Interdito</p>
<p>28-09-17 a 11-11-17</p>
<p>Inauguração 28-09-2017 | 21.30h</p>
<p>No início de 2017, Marilá Dardot (nascida em Belo Horizonte, em 1973, e atualmente radicada em Lisboa) foi convidada pela Câmara Municipal de Lisboa e pelas Galerias Municipais da EGEAC para participar do programa Capital Ibero-americana de Cultura – Lisboa 2017 para uma residência artística durante um ano no complexo dos ateliês municipais dos Coruchéus. O projeto Interdito iniciou-se com uma pesquisa acerca dos 900 livros que foram proibidos ou censurados em Portugal, entre 1933 e 1974. Em abril de 2017, Dardot convidou o livreiro Luís Alves e os autores António Mota Redol, José Viale Moutinho, Manuela Tavares, Maria Antónia Palla, Modesto Navarro e Sérgio Ribeiro para uma conversa aberta ao público, que aconteceu na Galeria Quadrum, no dia 5 de abril.</p>
<p>“Para a sua primeira exposição individual no nosso país, a artista desenvolveu um conjunto de trabalhos que abordam as várias dimensões da atuação da censura na produção e difusão literária em Portugal, a partir de uma seleção de quinze livros escritos por escritoras, dramaturgas e poetisas que foram proibidos e confiscados durante o regime do Estado Novo (1933-1945). Natália Correia, Maria Teresa Horta, Pamela Moore, Nita Clímaco, Rosa Luxemburgo, Violette Leduc e Maria Archer são alguns dos nomes que compõem esta coleção.</p>
<p>Ocupando a totalidade dos espaços expositivos da Galeria Filomena Soares, Dardot, uma das mais importantes artistas brasileiras da sua geração, apresenta-nos uma nova perspetiva sobre os diversos temas e problemáticas que definem a sua prática artística desde meados dos anos 2000, para explorar a relação entre o silêncio e o interdito, entre o dito e o não dito, entre o poético e o político.</p>
<p>A artista questiona o direito de decidir o que pode ou não ser lido, repensa a noção de palavra proibida, os dizeres silenciados e não ditos de uma geração de escritoras e militantes dos direitos das mulheres naquele que foi um momento-chave da emancipação feminina. A exposição aborda temáticas pertinentes à sociedade contemporânea e às relações de poder que a estruturam a partir do olhar desta mulher artista, também ela herdeira de um legado cultural profundamente marcado pela ditadura militar brasileira (1964-85). A autora legitima e reivindica o direito de falar do corpo, do desejo e da liberdade sexual da mulher; questiona as ligações entre a mulher, a cultura e a política no contexto da representação feminina na literatura e na cultura de um país. O silêncio literário da mulher e a condição feminina em tempos de censura e repressão são os grandes temas da exposição, expressos nas obras Dito, Interdito, O Leitor, Biblioteca maldita, O exílio e Canto (este último realizado em parceria com João Pimenta Gomes).”</p>
<p>(Versão reduzida e adaptada de um texto da autoria de Inês Grosso)</p>
<p>MARILÁ DARDOT (Belo Horizonte, Brasil, em 1973) vive e trabalha em Lisboa. É Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003).</p>
<p>Exposições individuais recentes: En el silencio nunca hay silencio (Hacienda Ochil, Mérida, México, 2017), Guerra do Tempo (Chácara Lane, São Paulo, Brasil, 2016) e Diário (SESC Palladium, Belo Horizonte, Brasil). Participou da 27a e 29a Bienal de São Paulo (2006 e 2010). Entre as últimas exposições coletivas, destacam-se: Tensão e conflito (a abrir no dia 12 de setembro no MAAT – Lisboa, Portugal, 2017), Unanimous Night (CAC – Contemporary Art Centre,Vilnius, Lituânia, 2017), Travessias 5 – Emergência (Bela Maré, Rio de Janeiro, Brasil, 2017), Brasil, Beleza?! (Museum Beelden aan Zee, EL Den Haag, Holanda, 2016), Lines (Hauser & Wirth, Zurique, 2014). Prêmios: Prêmio Ibram de Arte Contemporânea (2011), Prêmio CNI SESI Marcantonio Vilaça e Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia (2004), Bolsa Pampulha (2003) e Mostra Rio Arte Contemporânea 1 (2002). Coleções: Fundación Otazu (Espanha), Inhotim, Coleção Gilberto Chateuabriand, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte da Pampulha, Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Brasil).</p>
<p>www.mariladardot.com</p>
<p>GALERIA FILOMENA SOARES</p>
<p>Rua da Manutenção nº 80 (Xabregas)</p>
<p>1900-321 Lisboa | Portugal</p>
<p>TEL: +351 218624122/3</p>
<p>FAX: +351 218624124</p>
<p>E-MAIL: gfilomenasoares@mail.telepac.pt</p>
<p>HORÁRIO: Terça-feira a Sábado das 10h às 19h </p>
<p>Contactos</p>
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