José Pedro Croft
12.mar.2009 | 09.mai.2009

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Press Release

<p>A Galeria Filomena Soares expõe pela primeira vez uma individual de José Pedro Croft, um dos artistas portugueses que mais tem contribuído para a renovação da escultura contemporânea apontando-nos variadíssimas reflexões que têm seguido de perto o seu discurso evolutivo.</p> <p>Nesta exposição o artista apresenta várias esculturas de parede em ferro zincado, duas grandes esculturas de solo e um conjunto de desenhos.</p> <p>Uma das esculturas de solo é um trabalho de 2006 já apresentado em Madrid, é um bloco monolítico em ferro que está rodeado por baias que delimitam o espaço circundante num jogo de aproximações e distâncias que a contêm. A outra, realizada em 2009, parte do elemento central monolítico invertendo-o no espaço e transformando-o num contentor vazio ao qual se juntou vários elementos em espelho que o reflectem parcialmente, criando cortes na leitura do volume.</p> <p>Os desenhos, na continuação do trabalho do autor jogam tensões espaciais e correspondem a planificações das suas esculturas paralelepípedos, caixas, etc.</p> <p>As esculturas de parede são volumes que partem dos desenhos, jogando com tensões, cheios e vazios, sem perder a memória da planificação dos desenhos mas fazendo o caminho inverso em que a cor tem um papel estruturante.</p> <p>A propósito da exposição “Contra a parede” que o artista realizou no transcorrido ano de 2008 na galeria madrilena Helga de Alvear e na qual apresentou novas esculturas de parede, Óscar Faria escreveu: ” (…) são obras que marcam uma nova fase do percurso do artista, no qual as fronteiras entre desenho, pintura e escultura deixam de fazer sentido, porque essas disciplinas são convocadas para serem desconstruídas através de exercícios que põem em causa qualquer estabilidade formal e conceptual. A intensidade de cada peça é dada por um constante jogo dialéctico entre as tensões que têm vindo a ser exploradas por Croft ao longo do seu percurso, com particular ênfase na última década. Termos como transparência, opacidade, forma, materialidade, linha, equilíbrio, volume, plano, peso, vazio e cor, constituem ferramentas de uma gramática singular, a qual consolida a aparição de cada objecto quer na sua individualidade, quer na sua relação com o mundo[1]”.</p> <p>[1] [1] IN Ípsilon -Jornal Público; 10/10/2008</p>

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