João Penalva
11.mai.2006 | 16.jun.2006
Press
Press Release
<p>João Penalva<br />
De 11 Maio a 16 de Junho 2006</p>
<p>Na sua segunda exposição individual na galeria, João Penalva apresenta duas séries de impressões de pigmento digitais de grandes dimensões. Apesar de diferentes, estas duas séries têm como elemento comum o Japão e a sua cultura.</p>
<p>Olhando para cima em Osaka, 2005-2006, consiste numa série de mais de 300 fotografias de postes e cabos eléctricos tiradas nesta cidade entre 2005 e 2006. Nesta selecção de 16 imagens, o espectro da sua coloração toma como referência as tintas da xilografia japonesa do século dezanove; o seu conteúdo, gráfico e dinâmico, apresenta-se sempre como uma silhueta que, neste contexto, poderá sugerir um desenho a tinta. Nas palavras do artista, “Existem actualmente 37.000.000 de de chu (postes de electricidade) em todo o Japão. Cada um deles apresenta uma configuração única de cabos e caixas de derivação, instalados para responder às necessidades específicas da zona envolvente. Deles saem os densen (cabos eléctricos), que se estendem sobre as avenidas, ruas e vielas em variações sem fim, num emaranhado de voltas e reviravoltas. Estes postes são o suporte da rede de energia sempre presente por cima das nossas cabeças, sustentando as vidas de milhões de pessoas nas suas casas, escritórios e lojas. O seu traçado resulta do trabalho de electricistas que seguem uma única regra – a do percurso mais curto para o máximo rendimento – indiferentes ao aspecto estético.”</p>
<p>A série Kaki, 2006 (da palavra japonesa kaki, que descreve um vaso, jarra, ou outro contentor de flores), é composta por conjuntos de imagens e textos aludindo à arte da ikebana. As composições de flores, folhagens e ramos, e os contentores que os apresentam, nunca são aqui revelados totalmente. Estes contentores são descritos na linguagem técnica e museológica da ‘tabela’, que Penalva utiliza aqui como uma narrativa de personagens associadas a cada um deles. Os vários elementos formais de cada um destes trabalhos tornam-se assim o eco da articulação dinâmica das composições que eles indiciam.</p>
<p>João Penalva, nascido em Lisboa em 1949, estudou em Londres, onde reside desde 1976. Representou Portugal na Bienal de São Paulo em 1996, e na Bienal de Veneza em 2001, tendo também participado nas Bienais de Berlim (2001) e de Sidney (2002). Expôs ainda, individualmente, entre outras instituições, no CCB, Lisboa, em 1999; no Camden Arts Centre, Londres, em 2000; The Power Plant, Toronto, em 2003; Museu de Serralves, Porto, e Ludwig Museum, Budapest, em 2005. Em Junho próximo apresentará uma exposição retrospectiva no Irish Museum of Modern Art, em Dublin.</p>
na obra
Artistas
FERNANDA FRAGATEIRO, JOÃO PENALVA, KILUANJI KIA HENDA, PEDRO BARATEIRO, RUI CHAFES, SARA BICHÃO and others | Zonas de Transição, Cordoaria Nacional, Lisboa