João Penalva
11.mai.2017 | 23.set.2017

Imagens

Obras

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Press Release

<p>João Penalva</p> <p>Mostradores</p> <p>O braço direito</p> <p>11.05 – 09.09.2017 (encerrada no mês de Agosto)</p> <p>Inauguração 11.05.2017 – 21hr30</p> <p>A Galeria Filomena Soares tem o prazer de apresentar uma exposição de João Penalva. A exposição apresentará uma nova série de trabalhos com o título Mostradores, e O braço direito, um trabalho ímpar no trabalho do artista pela sua dimensão cénica. Ambas nos dão a conhecer novas personagens.</p> <p>Em O braço direito, Penalva aproxima-se das técnicas dos telões pintados, tantas vezes utilizados em cenários de espetáculos ou na publicidade de rua. Tais telões aliaram sempre uma certa monumentalidade a uma particular eficácia expressiva, o que os convertia facilmente em suportes quer do anúncio de espetáculos para grande público como o teatro, o circo, o cinema, quer de muitos exemplos da propaganda política ou de publicidade.</p> <p>Persiste nesses telões uma comovedora humildade em relação a certos exemplos legitimados de pintura monumental, como as stanze de Rafael ou as grandes telas do expressionismo abstrato ou da arte pop, e o seu virtuosismo gráfico assume com frequência uma dimensão artesanal, por vezes imperfeita, e falsamente banalizadora. De facto, o talento anónimo de quem os realiza manifesta-se no exercício de ampliação de figuras e letras que neles se manifestam, ao mesmo tempo que consagram um singular apagamento do autor em relação a tudo quanto representa convencionalmente.</p> <p>Se uma pintura monumental é um momento em si mesma, o telão pintado (tal como o seu anónimo autor) dá grandeza ao momento que anuncia, mas não se lhe impõe nem se substitui.</p> <p>Por outro lado, e ao contrário de outras personagens criadas por Penalva e que persistem na nossa memória muito depois do tempo das exposições – Violette Avéry, Mister ou Sumiko – não conhecemos as histórias das personagens de O braço direito; sabemos apenas que são artistas performers. Os nomes assentam-lhes com tamanha perfeição que só podem ser nomes artísticos e recordam-nos as vozes hiperbólicas de quem anuncia os seus grandes números.</p> <p>Em Mostradores, uma série de telas em que a impressão e a pintura se confundem, João Penalva socorre-se da estética da publicidade, mas desta vez sem recurso à escala monumental. Também aqui o nome próprio é uma pista para inúmeras histórias. Contudo aqueles nomes identificam de forma ambígua quer o objeto a vender quer o modelo humano que o apresenta. Mas os nomes podem ser ainda entendidos como uma assinatura. Tratar-se-á, então, da assinatura do artista?</p> <p>Tal hipótese não será assim tão surpreendente se tivermos em conta que o uso de pseudónimos, nomes literários ou mesmo personificações têm sido mecanismos recorrentes num repertório de enganos que o artista permite que se desvendem apenas ao cair do pano.</p> <p>Numa obra como a de João Penalva, que sempre se interessou por referências às artes do efémero, reunindo e reinventando histórias, estes novos trabalhos encontram a sua pertinência na carreira do artista ao reforçarem formas de apropriação, cópia e transliteração de imagens ou figuras, e também por conduzirem o olhar do público-espectador por um labirinto espetacular de (falsas) pistas de leitura, sob o olhar atento de um autor que parece ter escolhido um irónico anonimato.”</p> <p>Pavel Rodriguez</p>

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