Filipe Barbosa | Estética Doméstica
06.nov.2007 | 05.jan.2008

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Obras

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Press Release

<p>FELIPE BARBOSA<br /> Estética Doméstica</p> <p>06.12.2007 – 05.01.2008</p> <p>Estética Doméstica é a primeira exposição individual de Felipe Barbosa na Galeria Filomena Soares. Comissariada pelo crítico Paulo Reis, a mostra apresenta cerca de dez novos trabalhos do artista brasileiro que tem vindo a despertar o interesse sistemático da crítica e dos coleccionistas privados e públicos. O título da mostra indica a feitura da sua obra, partindo dos materiais existentes em casa reforçando o sentido da manufactura dos objectos. Por outro lado, também almeja domesticar a estética do espectador, através da sua subjectividade. “Não altero a capacidade visual de um objecto, o que eu faço é transformá-los, reduzindo-os. Nunca penso do ponto de vista escultórico, mas sim da propriedade dos objectos existentes. Penso que a essência do trabalho é tentar não alterar a natureza do objecto, pois minha interferência em geral é o de agregar informação, pois a memória que se tem do objecto vai ser um elemento constituinte do trabalho”.</p> <p>Nesta exposição, o artista apresenta obras como Sunset, onde cria uma atmosfera visual a partir do uso de velas de windsurf posicionadas como uma imagem ícone de pôr do sol. Os trocadilhos e os jogos visuais continuam com Sinuca de bico, um objecto que reforça o sentido visual do acto mais importante num jogo de snooker que é a morte final pelo mau uso das jogadas. Uma espécie de no way out para o jogador desatento. O tema do jogo é uma das vertentes conceptuais mais acentuadas na sua obra e aparecem ainda em dois objectos e duas pinturas-objectos. Em Pillball, o artista recria uma pílula (pill, em inglês) feita com bolas de futebol desconstruídas. A referência irónica ao sonífero que pode ser um jogo de futebol para alguns, é, para outros, remédio para a vida soporífera. Nas “pinturas-objectos” Bolas – Zigzag kilt e Bolas – Tabuada, os hexágonos que formam a bola, aplicando-lhes um carácter de circunferência – são desmontados e remontados pela proximidade pictóricas e de linhas, criando uma pintura pontilhista pop.</p> <p>A referência à pintura também aparece nas obras feitas com gravatas (S/ Titulo) onde o artista articula internamente o interesse pelo cromatismo das gravatas, mas que resultam em formas geométricas, assimétricas, orgânicas e, mais uma vez, irónicas pelo uso que resultam do acto desconstrutivo de sua forma indicial. O artista completa os seus jogos visuais com trabalhos que partem da reconstrução de uma mesma unidade. Na Selfshelf, uma mão francesa é usada como linha repetida, criando uma prateleira com o mesmo material que usamos para a sua construção. Essa repetição de uma unidade mínima, aparece nos Desenhos Espaciais, feitas com lápis de desenhos coloridos unificados pelas suas pontas que fazem gerar a própria forma final do objecto. Também nos Toblerones, onde a estrutura triangular da caixa do famoso chocolate replica a sua forma, na medida em que são unificadas pelas suas pontas.</p> <p>As Mórulas são exercícios formais feitas a partir de palitos de fósforo. As formas geométricas são construídas interna e externamente à agregação dos materiais, unificadas como numa estrutura minimalista levada ao infinito que são dobradas, criando circunferências que se expandam para construir novas imagens. Por fim, Igloo é um vídeo onde Felipe Barbosa exercita o lado mais radical de experiência ao incendiar uma estrutura feita com acendalhas. O material químico inflamável utilizado para acender lareiras é usado para construção de uma casa esquimó. Mais uma vez Felipe Barbosa recorre ao antípoda do material para despertar o espectador.</p> <p>Paulo Reis</p>

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