Exposição Colectiva - Clemens Krauss | Julia Schmidt | KateÅ™ina Šedá | Katinka Bock | Keren Cytter | Mariechen Danz | Mark Titchner | Martin Jacobson | Michael Johansson | Philipp Goldbach | Tim Lee | Tonico Lemos Auad
25.nov.2011 | 14.jan.2012
Press
Press Release
<p>A Galeria Filomena Soares tem o prazer de apresentar a exposição colectiva com seguintes artistas: Clemens Krauss (1979, Áustria), Julia Schmidt (1976, Alemanha), KateÅ™ina Šedá (19779, República Checa), Katinka Bock (1976, Alemanha), Keren Cytter (1977, Israel), Mariechen Danz (1980, Républica da Irlanda), Mark Titchner (1973, Reino Unido), Martin Jacobson (1978, Filândia), Michael Johansson (1975, Suécia), Philipp Goldbach (1978, Alemanha), Tim Lee (1975, Coreia do Sul) e Tonico Lemos Auad (1968, Brasil).</p>
<p>As diferentes nacionalidades dos artistas, a geração a que pertencem – nascidos entre 1968-1980 -, e os diversos mediums que utilizam – vídeo, fotografia, desenho, escultura, cerâmica e pintura – denota o prosseguimento do programa de internacionalização da Galeria Filomena Soares. A exposição incide, primordialmente, sobre a multiplicidade de conceitos, formas e materiais utilizados na Arte Contemporânea. Atendendo aos diferentes modos de visualizar e de representar o mundo, acreditamos que a diversidade da linguagem artística será a melhor forma de expressar as pertinentes questões da contemporaneidade, nomeadamente: políticas, sociais, históricas e culturais. O modo como estas questões se inter-relacionam com os problemas das sociedades actuais deixa antever um amplo campo de especulação criativa e artística. Neste sentido, a Arte e os objectos artísticos revelam uma negociação frutífera entre os diversos intervenientes das respectivas questões em causa: migração, tradição, género, raça, sexo, religião, classe, educação, geração, direitos humanos, guerra, economia, etc. Assim, o meio artístico provoca a sociedade a discutir sobre o seu passado, presente e futuro.</p>
<p>CLEMENS KRAUSS (1979, Áustria)<br />
As obras de Clemens Krauss referem-se a questões de mobilidade e identidade individual. O artista apropria-se de imagens de pessoas que encontramos em circulação nos meios de comunicação. O trabalho pictórico sobre a imagem, as suas disposições e combinações, é uma espécie de amostra visual que transforma a experiência do medium – pintura – encenada como uma estrutura social que ocupa uma posição própria. Assim, o foco do trabalho é o corpo humano, ou melhor, a corporificação performativa da experiência social. O artista pinta as suas figuras, não só sobre tela, mas também, directamente na parede de museus, galerias e feiras de arte. Os corpos inacabados, distorcidos e borrados parecem tender para a abstracção. Em 5 Bodies (2009) da série Chromosomes o artista resgata estes corpos de películas de tinta e coloca-os numa vitrina de vidro, perpetuando, assim, a sua escassa existência.</p>
<p>Clemens Krauss nasceu em 1979 em Graz e vive e trabalha em Berlim. Expõe individualmente desde 2003, de onde se destacam: Aufwachen (2009) Haus am Waldsee, Berlim; Aufwand – Display (2008), MAM Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro; e 21 + 4 Bodies (2007), S.M.A.K – Stedelijk Museum voor Actuele Kunst, Gent, Bélgica. Das exposições colectivas em que participou desde 2003, destacam-se: Kunstkörperlich-Körperkünstlich 3 (2011), Kunsthalle, Osnabrück, Alemanha; Transfer Berlin (2009), Berlinische Galerie, Berlim; Berlin goes Sydney (2008), Dominik Mersch Gallery, Sydney; 2nd International Biennial for Contemporary Art (2006), Shumen, Bulgária; e consultation hour (2004), Liverpool Biennial. A sua obra encontra-se presente em diversas colecções públicas internacionais, tais como; Berlinische Galerie, Berlim; Honart Museum, Teerão, Irão; Fatima Maleki, Tate Trustees, Londres; e Museu Serralves, Porto.</p>
<p>JULIA SCHMIDT (1976, Alemanha)<br />
As obras de Julia Schmidt visitam uma panóplia de assuntos. Representando tanto imagens figurativas como abstractas, a artista retrata os seus conceitos estéticos em tons suaves e cores monocromáticas evitando a conformidade com um único estilo artístico. Associando imagens de objectos esquecidos e velhos a uma negligente e sem brilho técnica pictórica, a artista desvia a nossa atenção para uma periferia turva e descriminada. Deste modo, a valorização do marginal não acontece através de um mecanismo estético de embelezamento do decadente, mas sim através da redução dos elementos essenciais, desprezando o ornamento e os artifícios, onde reaparece o detalhe minucioso que postula uma possível verdade.</p>
<p>Júlia Schmidt nasceu em 1976 em Wolfen e vive e trabalha em Berlim. Estudou na Academy of Visual Arts (1998), Leipzig, Alemanha e na Glasgow School of Art (2000), Escócia. Expõe individualmente desde 2002, destacando-se: Economies of Hygiene (2010), Meyer Riegger, Berlim; STOKROOM (2009), Galerie für Zeitgenössische Kunst, Leipzig, Alemanha; e New Fabrics (2006), Casey Kaplan Gallery, Nova Iorque. Das exposições colectivas em que participa desde 2000 destacam-se: Wenn die Nacht am tiefsten (2010), Bel Etage, Berlim; Trouble with Realism (2009), KOW, Berlim; Freisteller (2008), Deutsche Guggenheim, Berlim; Open Studios (2008), Villa Romana, Florença; Compilation III (2007), Kunsthalle Dusseldorf, Alemanha; Criss-Cross (2005), Museum of Contemporary Art, Zagreb; 2nd Prague Biennial of Contemporary Art (2005), Praga; Aspekte der Sammlung Olbricht (2005), Neues Museum Weserburg Bremen, Alemanha; e Portal 3 (2004), Kunsthalle Fridericianum, Kassel.</p>
<p>KATEŘINA ŠEDÁ (1977, República Checa)<br />
KateÅ™ina Šedá investiga projectos complexos que se desenvolvem a partir de uma ampla ideia de comunidade. Os desenhos apresentados são parte Over and Over (2008) produzido para a 5.ª Bienal de Berlim. Nessa ocasião a artista pesquisou as cercas e os muros da sua aldeia natal, concluindo que aumentaram de altura: resultado das desigualdades económicas entre vizinhos e das divisões sociais. Ao trazer este tema à cena pública artística, confrontando a superação de barreiras – literal e simbolicamente -, a artista tenta dissolver as estruturas rígidas para estimular a comunicação entre os diversos intervenientes. Este projecto foi documentado com plantas, desenhos, modelos e textos explicativos numa instalação surpreendente no Kunst-Werke. O projecto ficou concluído com a apresentação no Skulpturenpark de réplicas de cercas e muros organizados num círculo áspero. A artista convidou alguns moradores a trazerem os adereços com que superaram os obstáculos para o fortalecimento dos sentimentos de união e solidariedade.</p>
<p>KateÅ™ina Šedá nasceu em 1977 em Brno, cidade onde vive e trabalha. Das exposições individuais que realizou destacam-se: From Morning Till Night (2011), Tate Modern, Londres; Líšen Profile (2011), Museums Sheffield; It´s too late in the day (2011), Künstlerhaus Bremen, Alemanha; MAM Project 013: KateÅ™ina Šedá (2010), Mori Art Museum, Tóquio; Mirror Hill – No Light (2010), Franco Soffiantino, Turim;1+1+1 =3, (2008), Culturgest, Lisboa; e Arrival >Czech Republic (2006), Modern Art Oxford. Das exposições em que participa desde 1999, destacam-se: Future Generation Art Prize/Shortlisted Artists (2010), Pinchuk Art Centre, Kiev; The Promises of the Past (2010), Centre Pompidou, Paris; Younger than Jesus (2009), New Museum, Nova Iorque; Lyon Biennial (2009); 5th Berlin Biennial (2008), Berlim; Wir sind immer für euch da (2008), Kunsthaus Dresden; Social Diagrams (2005), Künstlerhaus Stuttgart; Manifesta 7 (2005), Bolzano, Itália; documenta 12 (2007), Kassel; Prague Biennale 2 (2005).</p>
<p>KATINKA BOCK (1976, Alemanha)<br />
Katinka Bock apresenta esculturas num espaço aberto e não isolado, envolvendo a materialidade dos objectos com a interacção recíproca do meio envolvente. Conjuntamente com a inclusão de elementos circundantes na montagem do seu trabalho, a artista utiliza propriedades elementares como a atracção e rejeição. Produzindo alianças, entre objectos e espaços, a artista, através de efeitos de sinergias e de mutabilidade, reactiva o espectador a fazer parte integrante da obra. Chigagostreet (2011) assemelha-se a tijolos que constituem a imagem da cidade. Ao transpor essa imagem vertical para o chão horizontal e transformando a parede num tapete, a artista destabiliza as ideias pré-concebidas que se estabelecem nas sociedades. A indignação e o mistério parecem residir na peça Lettra (2011). Inserida num contexto de escritório, esta folha de papel em branco de cerâmica parece chegar de correio ou de fax mas não traz boas nem más notícias.</p>
<p>Katinka Bock nasceu em 1976 em Frankfurt e vive e trabalha em Paris. Estudou na Kunsthochschule Berlin-Weissensee e na Ecole Nationale des Beaux-Arts de Lyon. Das exposições individuais que realizou destacam-se: Die Blaue Stunde (2011), Meyer Riegger, Karlsruhe; Kunstmuseum Stuttgart (2010), Estugarda; Fondazione Pastificio Cerere (2010), Roma; e Galerie Jocelyn Wolff (2009), Paris. Das exposições colectivas que participou destacam-se: Elles (2010), Pompidou, Paris; Leaves and lectures (to leaf through the space) (2009), Art40Basel; Les matériaux du possible, du pragmatisme au romantisme (2009), d’Entreprise Ricard, Paris; Here We Dance (2008), Tate Modern; Territories – les lacets sont défaits (2006), Kunstverein Tiergarten, Berlim; emerging artists: hot spots (2005), Sammlung Essl, Viena; e Urbane Realitäten: Fokus Istanbul (2005), Martin-Gropius-Bau, Berlim.</p>
<p>KEREN CYTTER (1977, Israel)<br />
Keren Cytter em Video Art Manual (2011) usa elementos documentais e ficcionais num comentário acutilante sobre o medium – vídeo – e sobre as suas convenções narrativas, nomeadamente: espaço e tempo. A artista combina delirantemente a estrutura do drama clássico do teatro com o melodrama e o grotesco, de onde surgem citações da cultura popular. Assim, camadas de múltiplas narrativas são sobrepostas em retratos de relações interpessoais, onde os actores desempenham os seus papéis ao mesmo tempo que comentam o próprio vídeo. Os desenhos apresentados também resgatam esta multiplicidade. Por um lado, assemelham-se a esquemas de possíveis narrativas – Words (2008) e More Words Here (2008) – e, por outro lado, fixam uma imagem que pode narrar a pluralidade que cada história contém – Oteiza (2008) – ou que identifica determinado indivíduo – ID_Julia (2008) e Dalai Lama (2008).</p>
<p>Keren Cytter nasceu em 1977 em Tel Aviv e vive e trabalha em Berlim. Estudou na The Avni Institute, Tel-Aviv e de Ateliers, em Amesterdão. Em 2008 vence o ars viva prize, Berlim e em 2006 Balôise Art Prize, ArtBasel. Das exposições individuais que realizou destacam-se: Avalanche (2011), The Stedelijk Museum, Amsterdão; History in the Making (2009), Tate Modern, Londres; Performa’09, Nova Iorque; Domestics (2009), Pilar Corrias, Londres; Witte de With (2008), Roterdão; I was the good and he was the bad and the ugly (2006), KW, Berlim; e The Victim (2006), Art37Basel. Das exposições colectivas que participou destacam-se: Found in Translation (2011), Guggenheim Museum, Nova Iorque; 8th Gwangju Biennale (2010), Coreia; Fare Mondi (2009) 53rd Biennale, Veneza; Nationalgalerie Prize for Young Art (2009), Hamburger Bahnhof, Berlim; Younger Than Jesus (2009), New Museum, Nova Iorque; Television Delivers People (2008), Whitney Museum, Nova Iorque; Manifesta 7 (2008), Trentino, Itália; Yokohama Triennial (2008); Lyon Biennial (2007); e The Shadow Cabinet (2006), de Appel, Amsterdão.</p>
<p>MARIECHEN DANZ (1980, República da Irlanda)<br />
Mariechen Danz questiona a objectividade e a transmissão da história investigando os canais de comunicação e demonstrando a sua incompletude. Assim, a artista ao utilizar diferentes meios – desenho, escultura, ferramentas – procura formas alternativas para reestruturar e comunicar o passado através da inclusão de outras culturas. A estética dos primeiros instrumentos de aprendizagem, como o quadro de as yet untitled (2010), demonstra as deficiências na transmissão de conhecimentos através da linguagem ou da palavra escrita. A linguagem aqui não é o ápice articulado do pensamento, mas é para ser visto como um processo que tanto apoia e evita a possibilidade de se comunicar. Símbolos e sinais são apresentados conjuntamente com várias letras e alfabetos a fim de retratar relacionamentos, histórias e geografias.</p>
<p>Mariechen Danz nasceu em 1980 em Dublin e vive e trabalha Berlim. Estudou no Gerrit Rietveld Academy (2003), Amsterdão, na Universität der Künste, Berlim e no California Institute of the Arts. Das exposições individuais que realizou destacam-se: Galerie Tanja Wagner (2011 e 2010), Berlim, Alemanha; Fist: emoting structures (2009), 10th OPEN International Performance Art Festival, Pequim; Gospel of Bully (2007), Documenta 12, Kassel, Alemanha; e Solas-Un (2005), Kunsthaus Potsdam, Alemanha. Das exposições colectivas que realizou desde 2001 destacam-se: 4th Moscow Biennale of Contemporary Art (2011), Moscovo; Get Behind Me Satan and Push (2010), Peres Projects, Berlim; Younger than Jesus (2009), New Museum, Nova Iorque; Group Effort (2008), Wight Biennial, New Wight Gallery, Broad Art Centre, Los Angeles; e Muse Heute (2005), Kunsthalle Bremen, Alemanha.</p>
<p>MARK TITCHNER (1973, Reino Unido)<br />
Mark Titchner explora as tensões entre os diferentes sistemas de crenças religiosas, científicas ou políticas que informam a sociedade. O artista apresenta, sem cinismo nem ironia, ideologias conflituantes e ideias ultrapassadas permitindo que o espectador possa formar as suas próprias conclusões. Assim, ele questiona a nossa fé cega na ciência e a nossa obediência à autoridade. As suas obras investigam a comunicação e a percepção nos textos apresentados. Estes textos podem ser letras de músicas, credos corporativos, tratados filosóficos ou manifestos políticos. Industry (wiped from the Earth) (2011) produzido através de uma imagem icónica da reflecte sobre a força do trabalho artístico e a sua necessidade nas sociedades contemporâneas como primordial ao seu próprio funcionamento. Trabalhando numa ampla gama de meios – caixas de luz, pintura, madeira, vídeo, instalação – o trabalho do artista entrelaça um vasto conjunto de referências populares, filosóficas, políticas, sociais e estéticas.</p>
<p>Mark Titchner nasceu em 1973 em Luton. Actualmente vive e trabalha em Londres. Estudou no Hertfordshire College of Art & Design (1992) e no Central St Martins College of Art & Design (1995), Londres. Expõe individualmente desde 1998, de onde se destacam: New Art Gallery (2011), Walsall, Reino Unido; Vilma Gold (2010, 2007 e 2004), Londres; Peres Projects (2009 e 2005), Berlim; Commission (2007), BALTIC, Newcastle; Be Angry But Don’t Stop Breathing (2003), Tate Britain. Das exposições colectivas em que participou desde 1996 destacam-se: Art Paris – Just Art (2011), Grand Palais, Paris; The Dark Monarch (2010), Tate St. Ives, Reino Unido; Minneapolis (2009), Peres Projects, Los Angeles; Manifesto Marathon (2008), Serpentine Gallery; 100 Years, 100 Artists, 100 Works of Art (2008), Art on the Underground, Londres; GSK Contemporary (2008), Royal Academy, Londres; Art Plus Drama Party (2007), Whitechapel Art Gallery; e How to Improve the World (2006), Hayward Gallery. Em 2006 é finalista do prestigiado Turner Prize, Tate Britain.</p>
<p>MARTIM JACOBSON (1978, Suécia)<br />
As pinturas de Martim Jacobson são baseadas nas suas próprias colagens visuais criadas a partir de antigas gravuras e ilustrações encontras em feiras, lojas de antiguidades e bibliotecas. O seu trabalho foca as relações visuais entre passado, presente e futuro. As obras retratam cenas vazias semelhantes a cenários de um teatro abandonado. As cores utilizadas são intensas e a superfície é construída com uma miríade de linhas criando uma impressão de irradiar luz artificial. Utilizando apenas as quatro cores primárias o artista cria efeitos semelhantes aos de um palco de teatro, reafirmando o artista como criador de uma realidade única e exclusiva. O artista cria uma cena voluptuosa ilustrando que a fantasia pode ser mais atraente do que a realidade. Através de recombinações fantásticas de imagens históricas, de formas arquitectónicas e de fenómenos naturais o artista desestabiliza uma compreensão ordenada do mundo.</p>
<p>Martin Jacobson nasceu em 1978 em Estocolmo, cidade onde vive e trabalha. Estudou no Örebro Art College (2000), em Örebro, Suécia e na Malmö Art Academy (2005), Suécia. Das exposições individuais que realizou destacam-se: Art Basel Miami Beach (2011), Miami; The Traveller’s Guide to the Other Side (2011), La Conservera, Centro de Arte Contemporaneo, Murcia, Espanha; e na Andréhn-Schiptjenko Gallery (2010 e 2008), Estocolmo, Suécia. Das exposições colectivas em que participou destacam-se: Rendered: A Stark Unreal (2011), Contemporary Art Galleries, University of Connecticut, E.U.A.; 17th Biennale of Sydney (2010); Edstrandska Stiftelsens Stipendiater (2009), Malmö Konstmuseum; The Collectors (2009), 53rd Venice Biennale, Veneza.</p>
<p>MICHAEL JOHANSSON (1975, Suécia)<br />
Nas suas instalações e esculturas lúdicas Michael Johansson questiona, pela repetição, pelo desfasamento das escalas e o pelo deslocamento das funções a qualidade dos objectos do quotidiano. Através de processos próximos do design o artista coloca os seus objectos em discussão no âmbito das artes plásticas socorrendo-se de dúvidas e interrogações que desconstroem a mera utilidade e realidade dos mesmos. Deste modo, as suas esculturas criticam irónica e vorazmente o desmesurado consumo contemporâneo. Em Half Full (2011), ao jeito do ready-made de Duchamp, o artista coloca objectos de vidro domésticos debaixo de uma mesa. O espaço ocupado da escultura revela-se à medida dos objectos de vidro que alberga denotando, deste modo, a disfuncionalidade dos objectos adquiridos. Assorted Garden Assembly (2010) atinge os meios de produção e, consequentemente, o consumo. O kit de jardim duplica em grande escala um brinquedo infantil. Contudo, a perigosidade da foice e do ancinho e a sua óbvia disfunção perpetuam a contradição de adquirirmos objectos que não nos são úteis, nem nos facilitam a vida.</p>
<p>Michael Johansson nasceu em 1975 em Trollhättan e vive e trabalha em Estocolmo. Estuda na Art Academy (2005), na Suécia e na Art Academu (2003) em Trondheim, Noruega. Das exposições individuais que realizou destacam-se: Familiar Abstractions (2011), The Flat, Milão; e Frameworks (2009), Galleri ØKS, Fredrikstad, Noruega. Das exposições colectivas que participou destacam-se: Scratch my name on your arm with a fountain pen… (2011), Landskrona Museum, Suécia; If one winter’s day a traveller… (2011), Bologna Art First; Spår (2010), Malmö Konstmuseum; Out of OSTRALE’10 (2010), Alte Schlachthof, Eupen, Bélgica; Space Invaders (2010), Netherlands Media Art Institute; Moscow International Biennual for Young Art (2010); e Miami (2009), Hudson Museum, Roterdão. Participou em mostras e festivais de video, nomeadamente: Rencontres Internationales Paris/Berlin (2005), Paris; LOOP-05 (2005), Barcelona; New Swedish Video (2005), Monkeytown, Nova Iorque; Who´s the storyteller? (2003), Kiasma, Helsínquia; e Blowing up Festival (2003), Londres.</p>
<p>PHILIPP GOLDBACH (1978, Alemanha)<br />
Na série Blackboards Philipp Goldbach tem fotografado quadros de ardósia em várias salas de universidades alemãs onde intelectuais como Theodor Adorno, Martin Heidegger e Friedrich Carl Gauss ensinaram num passado histórico conturbado. Os quadros apagados com vestígios em branco de escritos do passado oferecem uma sombra da história académica que testemunharam. Contudo, as imagens não são apenas representações de um belo objecto histórico mas, também, sensibilizam para a história do pensamento intelectual, académico e da difusão de ideias. Os enquadramentos e os conceitos fotográficos estão plenamente inseridos na escola da fotografia alemã, nomeadamente em Bernd e Hilda Becher, Thomas Struth e Cândida Höfer.</p>
<p>Philipp Goldbach nasceu em 1978 em Colónia, cidade onde vive e trabalha. Estudou Universidade de Colónia. Actualmente é Professor na Academy of Media Arts Cologne. Em 2011 é vencedor do ars viva prize, Berlim. Das exposições individuais que realizou destacam-se: Blackboards and Micrographs (2009), Annely Juda, Londres; en miniature (2009), Simultanhalle Contemporary Art Space, Colónia; Message to public (2008), M29 / R&B Publishing House, Colónia; Foto/Grafie (2007), Carol Johnssen Gallery, Munique; e A suivre… (2004), Schleicher+Lange Gallery, Paris. Das exposições colectivas em que participou destacam-se: junger westen (2009) Art Prize, Kunsthalle Recklinghausen, Alemanha; Afterthought (2008), Irma Vep Lab, Reims; Young German Photography (2005), Museum of Photography, Berlim; e I suit my case (2004), Rutgers Mason Gross School of the Arts, Nova Iorque.</p>
<p>TIM LEE (1975, Coreia do Sul)<br />
Ao trabalhar com fotografia, vídeo, texto e escultura, Tim Lee replica e re-imagina momentos seminais da história de arte e da cultura popular. Com referências que vão desde Johann Sebastian Bach, Steve Martin, Dan Graham, Public Enemy, Laszlo Moholy-Nagy, Alexander Rodchenko e Ted Williams, o artista questiona sugestivamente a música e os objectos ao reconstruir trabalhos específicos dos seus criadores. Ao fazê-lo, o artista complica o nosso conhecimento dessa história ao mesmo tempo que mapeia um cronograma extenso que viaja de um passado histórico a um futuro imaginado passando por um presente sempre ausente.</p>
<p>Tim Lee nasceu em 1975, Seul e vive e trabalha em Vancouver. Estudou na University of Alberta e na University of British Columbia, Canadá. Das exposições individuais que realizou destacam-se: Lisson Gallery (2010-2006), Londres; Streichquartett Op. 1 (2010), DAAD Galerie, Berlim; Hayward Gallery (2009); Capp Street Project (2008), CCA Wattis, São Francisco. Das exposições colectivas em que participou destacam-se: Untitled (2011), 12th Istanbul Biennial; It is What It Is (2010), National Gallery of Canada; Conjuring Houdini (2010), Jewish Museum, Nova Iorque; Searching Songs (2010), Tokyo Metropolitan Museum of Photography; 16th Biennale of Sydney (2008); Yokohama Triennale (2008); Sliding Doors (2006), Tate Modern; New Work/New Acquisitions (2005), MoMA; Intertidal (2005), MuHKA, Antuérpia; Sharjah Biennial (2005); Artist’s Favourites (2004), ICA, Londres. A sua obra encontra-se presente em diversas colecções públicas: MoMA, Reina Sofia e Tate Modern.</p>
<p>TONICO LEMOS AUAD (1968, Brasil)<br />
O trabalho de Tonico Lemos Auad traz uma expressão pessoal de experiências e percepções quotidianas, comumente despercebidas ou esquecidas. A sua prática procura reconstituir aparições, reapresentando-as como se oferecesse a oportunidade de olhar de novo. O artista utiliza diversos meios que, em algum ponto, se encontram, seja pela qualidade poética, seja pela fragilidade física. O processo pessoal do artista é significativamente marcado por um amplo leque de combinações de acessibilidade através de um convite aberto ao espectador. Estrela da Tarde (2010) é composta por 4 barcos de madeira entrelaçados sob papéis coloridos com nomes de barcos que aparecem na literatura internacional. Deste modo, as diversas memórias colectivas são activadas através de uma poética transversal e promissora de uma única comunidade amplamente desejada por todos. Em Fading Charms (2009), elaborada a partir do carimbo de uma batata, a impressão é feita aleatoriamente pelos 7 papéis diferentes. Uns papéis ficam com melhor impressão que os outros como se de um jogo de sorte se tratasse. A totalidade das molduras feitas de madeira purple heart, oriunda da cidade natal do artista, compõem uma pulseira de talismãs.</p>
<p>Tonico Lemos Auad nasceu em 1968 em Belém e vive e trabalha em Londres. Estudou Arquitectura na Universidade de São Paulo e no Goldsmiths College, Londres. Das exposições individuais que realizou destacam-se: Luísa Strina (2003-2007), São Paulo; Aspen Art Museum; Silent Singing (2008) CRG Gallery, Nova Iorque; Mouth, Ears, Eyes…Just Like Us (2009), Stephen Friedman, Londres; Carraças and Reflected Archaeology (2011), Folkestone Triennial. Das exposições colectivas em que participou destacam-se: Epilogo (2010), Museo de Arte Zapopan, México; Paralela (2010), São Paulo; Wall Rockets (2009), FLAG, Nova Iorque; The British Art Show (2006), Hayward Gallery; Villa Jelmini-the Complex of Respect (2006), Kunsthalle Bern; Trial Ballons/Globos Sonda (2006), MUSAC; Art Circus (2005), Yokohama Triennale; Beck’s Futures (2004), ICA, Londres; Adaptive Behavior (2004), New Museum, Nova Iorque.</p>
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