Didier Faustino | Habeas Corpus
19.jan.2012 | 17.mar.2012
Press
Press Release
<p>DIDIER FAUSTINO<br />
Habeas Corpus</p>
<p>A Galeria Filomena Soares apresenta a exposição do artista Didier Faustino (1968, Paris, França) intitulada Habeas Corpus, de 19 de Janeiro a 24 de Março de 2012. A inauguração decorrerá no dia 19 de Janeiro (5.ª feira) pelas 21h30 com a presença do artista.</p>
<p>Arquitecto de formação, o artista tem desenvolvido trabalhos em fotografia, vídeo, escultura, instalação, curadoria, performance, cenografia, mobiliário urbano, desenho de exposições e design, complementados pelo ensino académico e por trabalhos de arquitectura. As suas obras constroem-se entre metodologias artísticas e arquitectónicas. Usando indistintamente os dois géneros o artista questiona ética e politicamente as condições das comunidades socioculturais e económicos das cidades contemporâneas. Espaços, edifícios, fotografias, desenhos e objectos revelam-se possíveis plataformas de intersecção entre o corpo individual e o corpo colectivo. Cada projecto representa um conceito que subverte o contexto social e funcional onde os objectos se inserem. Desde modo, o acto de ver e de experimentar extrapola a dicotomia das regras sociais que normalmente se marcam entre o espaço público e o espaço privado. O corpo do espectador é recentrado com base nas alterações que o seu espaço envolvente sofre. Esta ambiguidade de representação do espaço alerta o espectador para os perigos e para as armadilhas que podem contribuir para o apagamento da sua própria identidade individual e colectiva.</p>
<p>Doppelgänger é uma máscara branca que separa-se em duas partes. As suas partes unidas fundem-se para recriar uma espécie de prótese para um beijo-espelho. A máscara de dupla entrada vira as cabeças daqueles que a colocam, definindo limites mínimos, uma fronteira imaterial torna-se real. Doppelgänger parece evitar o contacto, embora revele uma ligação, e o encontro das bocas que se sobrepõe uma à outra através de um orifício perfeitamente traçado e proporcional. Como uma máscara higiénica mantida em equilíbrio, Doppelgänger parece ser como uma prótese que controla o beijo. Doppelgänger força o “tête-à-tête” para sentir o outro, para escorregarem no mundo interior do outro, com o risco de encontrar o seu alter-ego e de perder-se dentro dele. </p>
<p>O objectivo do projecto The Naked Lunch é infiltrar um objecto ambíguo no espaço doméstico. Com a sua função indeterminada e o seu aspecto escultórico, o objecto anula a distinção entre esfera pública e privada, combinando valores estéticos e funcionais.</p>
<p>Le meilleur des mondes é uma instalação criada especialmente para a Cite de l’architecture et du patrimoine (Paris, França). A instalação foi concebida como uma reflexão distorcida de uma reunião, um lugar de encontro, um espaço de intercâmbio, diálogo e discussão em que o poder é exercido. Esta “micro-nação”, com as suas linhas incertas, questiona as nossas práticas de debate. As proporções estranhas e frágeis deste conjunto, à beira do colapso, convida os espectadores a projectarem-se, sem serem capazes de permanecer.</p>
<p>The Hidden Pavilion<br />
3 em 1: Um duplo telhado inclinado, um telhado plano e um cofre, são três formas arquetípicas que se fundem num espaço unitário. O corpo físico e o corpo mental encontram-se no refúgio da arquitectura mítica: a cabana primitiva. Uma pura geometria para recordar o princípio da arquitectura com um prolongamento do corpo humano.<br />
Locus Amoenus: Cresce da terra, permanente como um mirante, orgulhoso e naturalmente profundamente enraizado. A beleza do ponto de vista está voltada para o seu interior, destinado a ser protegido contra as agressões do mundo exterior. Um lugar remoto para se encontrar em harmonia, como Lucrécia define o Locus Amoenus no “De rerum natura”, associando volúpia com a natureza. O sábio fica junto de si próprio e dos seus amigos, num prazer do intercâmbio sem identificação.<br />
Espaço de experiências: Ao experimentar a colisão das três entidades, confrontando mas emergindo suavemente numa, o corpo é incorporado no espaço. O ser humano tem de viver o espaço. The Hidden Pavilion revela a importância do corpo, uma presença de peso, uma cadeia de experiências vividas: carne / toque / sensação / prazer. O espaço coloca-nos na presença de nós mesmos, da nossa existência. Uma manifestação sensorial, física e carnal da existência.</p>
<p>Double Hapiness refere-se à sociedade do materialismo, em que os desejos individuais parecem prevalecer sobre tudo. Por ser nómada, esta peça de mobiliário urbano permite a reactivação de diversos espaços públicos. Ela permite que os habitantes se reapropriem de fragmentos da sua cidade. Eles irão, tanto, escapar como dominar o espaço público através de um jogo de equilíbrio e desequilíbrio. Ao jogar este jogo “arriscado” e ao testar os seus próprios limites, duas pessoas podem experimentar juntas uma nova percepção do espaço, do vazio, da leveza e recuperar a consciência do mundo físico. Este objecto híbrido, com significado apenas através do corpo, sendo de uma só vez, físico e social pode ser uma ferramenta para uma experiência colectiva de fragilidade.</p>
<p>Queer: Uma bandeira é suspensa numa escada como um orador. Nesta bandeira, um logótipo bordado em relevo parece um sinal esotérico, que simboliza o encontro de três géneros: homem, mulher e transgénero.</p>
na obra
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