Artur Rosa | Escada
04.dez.2014 | 07.mar.2015
Press
Press Release
<p>A Galeria Filomena Soares tem o prazer de apresentar a exposição intitulada Escada, do artista ARTUR ROSA (Lisboa, 1926). A exposição, que inaugura no dia 4 de Dezembro, estará patente até ao dia 7 de Março de 2015.</p>
<p>“Escada”, Artur Rosa</p>
<p>As obras apresentadas nesta exposição são, maioritariamente, dos anos 70, a década de maior actividade artística de Artur Rosa. Apresenta-se, ainda, pela primeira vez, a escultura “Escada”, um trabalho de 1984 que resume, em si, muitas das preocupações artísticas de todo o corpo de trabalho do artista. Comprovando-se, desta forma, o contrário em relação à aparente interrupção do seu trabalho artístico após a década de 70. A verdade é que, tal como em qualquer outro artista, os seus inícios encontram uma ponte para trabalhos posteriores, ainda que em formatos e moldes diferentes, como é o caso da arquitectura, àrea em que Artur Rosa ainda dá traço ao seu desejo de escultura e de instalação; ao seu desejo de jogar com a perspectiva e com as suas possibilidades dentro da escala humana.<br />
Apesar das influências de correntes específicas da história da arte no trabalho de Artur Rosa é, extremamente, redutor centrar a leitura e a interpretação do seu trabalho apenas na herança da Op Art, do Minimalismo ou associá-lo a uma moral que advenha unicamente desses e de outros géneros artísticos.<br />
Com um trabalho que aponta para o minimalismo e para as potencialidades geométricas, o traço e a cor ganham juntos para existir enquanto movimento perante o nosso olhar fixo. As obras expostas e projectadas vivem, igualmente, da capacidade do olhar de quem as observa: um espectador que, para além de sensível às transformações que a arte lhe traz, é, também, cidadão e, por isso, possuidor de um olhar que questiona, constantemente, aquilo para onde olha, o espaço em que habita; um espectador que, para além da abstracção que o trabalho artístico, naturalmente, acaba por trazer consigo, questiona de que forma os traços, as linhas e as cores de um lugar concreto potenciam a sua vivência entre seres vivos e objectos físicos.<br />
Já na exposição inicial das suas obras se ambicionava esta equivalência entre o espaço do atelier, ou de exposição e o espaço de uma cidade: local de envolvência social, de vivência humana, assim como, de várias possibilidades geométricas dentro dos diferentes caminhos que esta proporciona.<br />
A leitura do trabalho de Artur Rosa poderá, então, ser sugerida por esse mesmo caminho: um trabalho que, não longe daquele que o desenho traz no seu estado original, se joga sobre as linhas que dele saem e daquelas que a cor traz. Um trabalho que se constitui, igualmente, como um evidente jogo de perspectiva, chamando a si o espectador (um olhar, também, aqui, desconstruído no Auto-retrato do próprio autor); criando esculturas à escala da vivência de uma cidade, como em Escultura para Espaço Urbano I e II, gerando, igualmente, um espaço de movimento e de vivência humana por excelência – o mesmo espaço onde habita, hoje, a arquitectura do artista evocando, assim, a continuação do seu pensamento.</p>
<p>Francisco Valente, 2014</p>
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