<p>A Monotonia é Fixe é a primeira exposição individual de Fernanda Fragateiro na Galeria Filomena Soares.</p> <p>Construindo um pensamento crítico sobre o passado, Fernanda Fragateiro traz para o centro do seu discurso vozes de mulheres artistas que questionaram os limites da sua participação e integração no mundo da arte. Algumas delas como Charlotte Posenenske, Agnes Martin ou Cady Noland, cuja vulnerabilidade e força foi transformada numa linguagem de resistência, têm vindo a inspirar a prática de Fragateiro, e em particular as obras presentes nesta exposição. Por outro lado, a artista reflete ainda sobre o tempo presente e sobre a forma como os artistas e as suas obras podem ser lugar de debate, de ação política e de resistência.</p> <p>Em A Monotonia é Fixe, através de um vocabulário formal que faz uso da serialidade, da repetição e da apropriação, Fragateiro propõe novas oportunidades de ver, reconhecer e encontrar orientação. As suas esculturas são, por um lado, obstáculos à circulação, por outro, são de uma leveza e transparência desarmante.</p> <p>Este novo corpo de trabalho da artista é marcado por uma atitude consistentemente radical, característica de todo a sua pratica, sem nunca renunciar à poesia.</p> <p>Crédito Fotografias: António Jorge Silva</p>